segunda-feira, 5 de julho de 2010

Já é noite, luzes brilhando, buzinas persistentes, olhares se cruzam e se deixam, é frio mais sorrisos aquecem, abraços transparecem vontades escondidas... Pensamento longe, pudera existir um botão ou simplesmente o status humano invisível . Pudera ler mentes e desvendar mistérios por baixo dessas capas e sorrisos artificiais, pudera eu mastigar a taça de vidro sem um estrago físico, pudera me transformar numa estátua gélida e pálida que não sente e não transparece algum tipo de reação ou ação se quer . Tudo fora do alcance, paciência e jogo de cintura precisam ser trabalhados neste corpo e mente tão cafonas, claro, esquecer o discernimento em casa pode ser uma boa também, é tão assustador ver, que neste grande mundo ainda não podemos ser quem realmente somos, é banal ser verdadeiro, é banal não sorrir quando os outros sorriem... Fechar os olhos e deixar a música rolar, ouvir somente a música em seus ouvidos, e gritar junto com ela, pular ao ritmo da mesma e esquecer da vida a sua volta, ir até o bar e pedir uma, duas até três doses de tequila, que faça entorpecer e te deixar alegre, solto para lhe dar com a hipocrisia alheia e sorrir, sorrir da cara destes tão pobres mortais, que em suas cabecinhas que pensam assim tão pouco, estarei feliz por suas insignificantes presenças, com suas futiliadades que pouco acrescentam em minha vida, pra ser assim, tão falsa quanto todos vocês .


Calyne Toledo

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