quinta-feira, 23 de abril de 2009



eu olho meu baralho, eu conto minhas cartaseu estou sempre perdendo quando você se vaiquando a gente menos espera, o sol brilha de uma forma diferente em uma manhã que pareceria indiferente.eu faço meu melhor jogo, mias eu perco minha sorte quando você não está aquiesse seu jeito que me desafia e até como você suspirao mundo se fez diferente e eu aprendi até seu jeito de sorrir e até te fazer sorrir eu já seitalvez os pensamentos sejam iguais, talvez quando você pega em minha mão o mundo todo se desfazeu te falei das minhas dores e você falou das suasvocê me trouxe soluções como se trouxesse cada resposta certa,como se só você fosse capaz de me decifrare eu sinto como se todo o meu jardim pudesse outra vez, florir*-*

Calyne Toledo


estes dias mais frios me fazem pensar nas marcas que ficaram aqui,eu sei identificar cada marca, elas me fizeram hoje quem eu sou, e agradeço,quando a gente anda pela rua no outono, você percebe quantas folhas da árvore estão ao chão ? e no frio você nota como o vento bate no rosto um pouco até cortante ? eu gosto disso, o nariz fica gelado a ponto de não senti-lo.aprendi a lhe dar com os sentimentos mais dificeis, a fazer dos papéis o meu melhor refugio, mesmo quando o lápis estava com a ponta quebrada e eu não tinha apontador, eu aprendi a improvisarcontei horas antes de estar aqui, como se os ponteiros me seguissem, como se soubessem de cada segundo que gastariatenho estrelas nos olhos e formigas nas mãoseu sinto o cheiro que era daquela época, da época que eu andei na contramãomais mesmo assim eu voltei, mais não espere explicaçãoeu ascendi uma fogueira mais o tempo não estava pra isso, começou a chover e a apagoufalei de dias e falei de noites, e arrisquei pôr cores em minha vida.
Calyne Toledo


talvez tudo seja uma grande tolice tudo se perde em apenas um segundo, tudo mesmo em tempos, sempre vi a vida não como o tempo em si não como um relógio ali, na parede esperando e contando os segundose sim, como um cliche de último dia da vida como se fosse a última vez em que se pudesse sentir o sol aquecer o corpo, como se fosse a última noite que pudesse ver as estrelas se acenderem, minhas mãos estão geladas e meus olhos enxergam um dia bem ofuscado, ouço os carros passarem pelas poças da chuva, ouço vozes dos meus pensamentos, sim, eu ouço, tentando dizer algo que não consigo entender, fingindo não me afetar, fingindo, aflita, pudera fazer dos sentimentos um origami, dobrar e fazer existir, amassar e esquecer . é.

Calyne Toledo


Erros


Quantos desenhei, quantos projetei, quantos desarmei, quantos os fiz
quantos quantos quantos
Mas sei, não posso mentir pra mim, são por eles que aprendo
São deles que tiro lições, as melhores, acredite

É fácil errar e pedir desculpas, sabemos
Não pra mim, não é o bastante apenas me desculpar
Me culpo, não durmo, não como, não estudo, não não não

Não são assim, como pegadas na areia que o vento pode apagar
Erros muitas vezes são imperdoáveis, incontestáveis
Ele muitas vezes caminha ali, com a confiança, lado a lado
Algo tão fácil de ser quebrado, por coisas insignificantes, fraqueza
Pelo ato de querer colocar os pés pelas mãos, maioria das vezes ? sim, involuntariamente

Confesso que sou, o ser, mais errante que existe nesse mundo
Confesso também que alguns erros foram como açúcar na minha vida
Porem, outros, foram como pimenta, como uma faca descendo pela garganta
Não me arrependo, de alguns, mas de outros sim, amargamente

São aqueles, em que magoei grandes pessoas, que errei feio
Bem feio mesmo, mas sem querer errar, sem querer machucar, machucando
E dentro disso tudo, coloco coisas que você, ele, ela, meu vizinho, minha professora
A gerente do banco e o padeiro, achariam bobas
Só que aqui dentro, em mim, vindo dos meus valores, são preços muito caros a pagar.
Erros, meus erros .



Calyne Toledo