quarta-feira, 18 de novembro de 2009


estes dias mais frios me fazem pensar nas marcas que ficaram aqui, eu sei identificar cada marca, elas me fizeram hoje quem eu sou, e agradeço, quando a gente anda pela rua no outono, você percebe quantas folhas da árvore estão ao chão ? e no frio você nota como o vento bate no rosto um pouco até cortante ? eu gosto disso, o nariz fica gelado a ponto de não senti-lo. aprendi a lhe dar com os sentimentos mais dificeis, a fazer dos papéis o meu melhor refugio, mesmo quando o lápis estava com a ponta quebrada e eu não tinha apontador, eu aprendi a improvisar, contei horas antes de estar aqui, como se os ponteiros me seguissem, como se soubessem de cada segundo que gastaria, tenho estrelas nos olhos e formigas nas mãos, eu sinto o cheiro que era daquela época, da época que eu andei na contramão, mais mesmo assim eu voltei, mais não espere explicação. eu ascendi uma fogueira mais o tempo não estava pra isso, começou a chover e a apagou. Falei de dias e falei de noites, e arrisquei pôr cores em minha vida.


Calyne Toledo

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